Eu sempre tive muito medo de ser viciada em alguma coisa, em alguma substância ou até mesmo em alguém, porem convivo com o vício alheio e o meu - desde que me entendo por gente.
NO MEU PONTO DE VISTA, que nada sei e nada entendo, existem vários tipos de vícios e de viciados. Existem aqueles que aceitam, aquele que tentam mudar e não conseguem, aqueles que não querem mudar, que não enxergam o vício e aqueles que simplesmente não acham nenhum problema naquele vício e alguns outros mais.
A maioria dos alcoólatras não entendem a severidade do seu vício, por ser uma droga lícita e de fácil acesso os viciados em bebidas alcoólicas esperam uma aceitação sociedade para com aquele vício. Cresci em uma cidade de festa e onde as noites são longas e os finais de semanas prolongados regados à muita bebida e música. Onde os encontros sociais estão totalmente ligados à imagem da bebida e da farra e por muitas vezes me senti até mesmo pressionada a beber pois não beber era ser diferente e meus "amigos" me incentivavam a ser como eles.
Mas a verdade é que talvez fui criada por uma das mulheres mais duras e rígidas desse mundo mas que também sempre soube muito bem como ensinar seus filhos a usarem a consciência desde cedo para tomar qualquer decisão. Eu fui ensinada que a bebida levava ao vício e como tenho o perfeito exemplo a NÃO ser seguido em casa isso sempre me fez ser mais cautelosa com qualquer tipo de droga. Lembro que por muitos anos, ainda na fase de adolescente onde todos os meus amigos já bebiam socialmente, eu ainda tinha quela frase da minha mãe que alcoolismo era genético e que se eu bebesse somente uma vez eu ficaria viciada igual o meu pai. Hoje eu sei que as coisas não funcionam bem assim como ela estava explicando e que ela acabou exagerando e não me explicando muito bem os danos e as consequências e somente me colocou esse medo sobre a bebida alcoólica mas também entendo por que tamanho receio dela que um dos filhos seguisse o exemplo do pai e virasse um viciado.
O alcoolismo é uma doença sim e muito triste que destrói não somente o viciado mas aqueles próximos do viciado. Eu mesma me sinto vítima do alcoolismo do meu pai. Vejo as minhas fotos de bebê e em tantas delas meu pai esta bebendo ou já bêbado.Impressionante como eu consigo enxergar até mesmo por fotos nos olhos do meu pai e no jeito de seu olhar se ele bebeu naquela noite ou mesmo no dia anterior. Um homem muito inteligente e sagaz esse é o meu pai porém ele usou e abusou do fato de eu morrer de amores por ele por muitos anos. Lembro-me de brigas incansáveis entre meus pais onde eu ficava simplesmente incontrolavelmente triste e por muitas vezes passando mal só de pensar na hipótese de meu pai sair de casa. Me arrependo hoje muito de fazer isso com a minha mãe e saber que a causa de anos de tortura e sofrimento dela foi meu pai mas que eu tive grande parte nesse sofrimento. Sei que se não fosse por mim ela teria deixado meu pai muitos e muitos anos atras, mas como guerreira que sempre foi e fez/faz tudo por nós (filhos) ela nunca deixou isso transparecer mas eu sei e carrego essa culpa. Mesmo entendendo hoje que por muitas vezes fui manipulada pelo meu pai, muitas cenas que jamais eu vou conseguir apagar da minha memória que me deixaram feridas eternas ainda continuam abertas onde meu pai usava meus sentimentos por ele para pegar todo o dinheiro da família (para não usar palavra mais feia) e para fazer atrocidades com a minha família. E isso é somente um exemplo.
Por muitos anos eu culpei meus irmãos, por que eles não sentiam pelo meu pai como eu me sentia. Questionei muitas vezes se eles sequer amavam meu pai e hoje eu me arrependo de jogar essa culpa nos meus irmãos mas eles nunca foram o ponto fraco, sentimentalmente falando, da família. Esse pilar não bem estruturado era eu e por isso eu sofria tanto. Parecia que toda a vez que meu pai bebia uma parte de mim morria com aquela bebida, quantas vezes minha pobre mãe tentou esconder de mim o fato de meu pai estar bebendo mas como eu disse eu podia ver nos olhos dele e isso me matava. O alcoolismo dele me matou por anos e anos, devagarzinho e torturando cada célula do meu corpo. Esses dias em um dos meus surtos por causa desse problema dele minha mãe me lembrou o motivo pelo qual quis sair do Brasil e me mudar para os estados unidos. Eu tive sim uma vida difícil no brasil, onde as coisas não era fáceis mas larguei bolsas integrais para boas faculdades para sair e deixar o fantasma que me assombrava para trás: meu pai.
Lembro como se fosse hoje a frequência que perguntava para minha mãe se meu pai ainda estava bebendo nos primeiros anos que me mudei para os estados unidos e todas as vezes ela respondia que não. Eu no fundo sabia que era mentira mas eu também sabia que eu era tao psicologicamente dependente do bem estar do meu pai que preferia acreditar naquela ilusão como se fosse uma defesa ao meu próprio bem estar. Tentativa essa que nunca fui bem sucedida.
Meu Opa, que faleceu a um pouquinho mais que 4 anos atras era o homem mais forte e responsável que eu já conheci nessa vida. NINGUÉM trabalhou mais duro que esse homem para dar uma vida melhor para a família dele e com a morte dele meu pai finalmente "parou" de beber. Por 4 anos até algumas semanas atras onde tudo voltou e eu lembrei como essa cicatriz ainda doí em mim e de quanto isso ainda domina os meus sentimentos. De como me incomoda ver alguém bebendo ainda, de como me incomoda e me tira do eixo ver alguém bêbado e que para mim ainda não consigo aceitar que alguém fique bêbado perto de mim. Não expresso isso de qualquer maneira para as pessoas ao meu redor mas me mata por dentro ver alguém assim. Conto nos dedos as vezes que já fiquei bêbada e queridos amigos, sempre foi a pior sensação de falha que eu já senti na vida, de saber que mesmo por uma noite eu me tornei alguém que tanto quis mudar, alguém que me machuca diariamente.
Fugi e continuo fugindo de quem eu sou na tentativa ridícula de não ser filha de quem sou ou quem sabe de mudar por ele. Tantas noite em claro onde chorei para dormir pedindo a Deus que nada mais eu precisava nessa vida mas que ele parasse com esse vicio, tantas outras nas quais eu chorei peguntando onde estava Deus e por que eu tinha que passar por tudo isso. Ainda não sei o por que eu tenho q passar por essa situação com meu pai e por que lido dessa maneira com esse assunto, me afasta de pessoas pelo fato de que eu tenho problemas nesse setor do alcoolismo mas eu sei que eu tenho uma lição a ser aprendida com isso.
Posso dizer que com certeza que devido as atuais circunstâncias, meus sentimento quanto a ele mudaram. Hoje não tenho mais esperança que mudará e ele sempre sera esse "doente" mas por toda a culpa que carrego quanto a ter impulsionado minha mãe a ficar nessa situação, mais do que ela gostaria e precisava, hoje, eu quero que ela fique bem e feliz. Não quero mais saber o que acontecerá e qual o destino final dele vai ser, não posso mudá-lo e ele vai sempre ser assim então não posso continuar nessa luta.
"Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura"
CBJr
Cuidando de quem sempre correu do meu lado…
-Andrea.
NO MEU PONTO DE VISTA, que nada sei e nada entendo, existem vários tipos de vícios e de viciados. Existem aqueles que aceitam, aquele que tentam mudar e não conseguem, aqueles que não querem mudar, que não enxergam o vício e aqueles que simplesmente não acham nenhum problema naquele vício e alguns outros mais.
A maioria dos alcoólatras não entendem a severidade do seu vício, por ser uma droga lícita e de fácil acesso os viciados em bebidas alcoólicas esperam uma aceitação sociedade para com aquele vício. Cresci em uma cidade de festa e onde as noites são longas e os finais de semanas prolongados regados à muita bebida e música. Onde os encontros sociais estão totalmente ligados à imagem da bebida e da farra e por muitas vezes me senti até mesmo pressionada a beber pois não beber era ser diferente e meus "amigos" me incentivavam a ser como eles.
Mas a verdade é que talvez fui criada por uma das mulheres mais duras e rígidas desse mundo mas que também sempre soube muito bem como ensinar seus filhos a usarem a consciência desde cedo para tomar qualquer decisão. Eu fui ensinada que a bebida levava ao vício e como tenho o perfeito exemplo a NÃO ser seguido em casa isso sempre me fez ser mais cautelosa com qualquer tipo de droga. Lembro que por muitos anos, ainda na fase de adolescente onde todos os meus amigos já bebiam socialmente, eu ainda tinha quela frase da minha mãe que alcoolismo era genético e que se eu bebesse somente uma vez eu ficaria viciada igual o meu pai. Hoje eu sei que as coisas não funcionam bem assim como ela estava explicando e que ela acabou exagerando e não me explicando muito bem os danos e as consequências e somente me colocou esse medo sobre a bebida alcoólica mas também entendo por que tamanho receio dela que um dos filhos seguisse o exemplo do pai e virasse um viciado.
O alcoolismo é uma doença sim e muito triste que destrói não somente o viciado mas aqueles próximos do viciado. Eu mesma me sinto vítima do alcoolismo do meu pai. Vejo as minhas fotos de bebê e em tantas delas meu pai esta bebendo ou já bêbado.Impressionante como eu consigo enxergar até mesmo por fotos nos olhos do meu pai e no jeito de seu olhar se ele bebeu naquela noite ou mesmo no dia anterior. Um homem muito inteligente e sagaz esse é o meu pai porém ele usou e abusou do fato de eu morrer de amores por ele por muitos anos. Lembro-me de brigas incansáveis entre meus pais onde eu ficava simplesmente incontrolavelmente triste e por muitas vezes passando mal só de pensar na hipótese de meu pai sair de casa. Me arrependo hoje muito de fazer isso com a minha mãe e saber que a causa de anos de tortura e sofrimento dela foi meu pai mas que eu tive grande parte nesse sofrimento. Sei que se não fosse por mim ela teria deixado meu pai muitos e muitos anos atras, mas como guerreira que sempre foi e fez/faz tudo por nós (filhos) ela nunca deixou isso transparecer mas eu sei e carrego essa culpa. Mesmo entendendo hoje que por muitas vezes fui manipulada pelo meu pai, muitas cenas que jamais eu vou conseguir apagar da minha memória que me deixaram feridas eternas ainda continuam abertas onde meu pai usava meus sentimentos por ele para pegar todo o dinheiro da família (para não usar palavra mais feia) e para fazer atrocidades com a minha família. E isso é somente um exemplo.
Por muitos anos eu culpei meus irmãos, por que eles não sentiam pelo meu pai como eu me sentia. Questionei muitas vezes se eles sequer amavam meu pai e hoje eu me arrependo de jogar essa culpa nos meus irmãos mas eles nunca foram o ponto fraco, sentimentalmente falando, da família. Esse pilar não bem estruturado era eu e por isso eu sofria tanto. Parecia que toda a vez que meu pai bebia uma parte de mim morria com aquela bebida, quantas vezes minha pobre mãe tentou esconder de mim o fato de meu pai estar bebendo mas como eu disse eu podia ver nos olhos dele e isso me matava. O alcoolismo dele me matou por anos e anos, devagarzinho e torturando cada célula do meu corpo. Esses dias em um dos meus surtos por causa desse problema dele minha mãe me lembrou o motivo pelo qual quis sair do Brasil e me mudar para os estados unidos. Eu tive sim uma vida difícil no brasil, onde as coisas não era fáceis mas larguei bolsas integrais para boas faculdades para sair e deixar o fantasma que me assombrava para trás: meu pai.
Lembro como se fosse hoje a frequência que perguntava para minha mãe se meu pai ainda estava bebendo nos primeiros anos que me mudei para os estados unidos e todas as vezes ela respondia que não. Eu no fundo sabia que era mentira mas eu também sabia que eu era tao psicologicamente dependente do bem estar do meu pai que preferia acreditar naquela ilusão como se fosse uma defesa ao meu próprio bem estar. Tentativa essa que nunca fui bem sucedida.
Meu Opa, que faleceu a um pouquinho mais que 4 anos atras era o homem mais forte e responsável que eu já conheci nessa vida. NINGUÉM trabalhou mais duro que esse homem para dar uma vida melhor para a família dele e com a morte dele meu pai finalmente "parou" de beber. Por 4 anos até algumas semanas atras onde tudo voltou e eu lembrei como essa cicatriz ainda doí em mim e de quanto isso ainda domina os meus sentimentos. De como me incomoda ver alguém bebendo ainda, de como me incomoda e me tira do eixo ver alguém bêbado e que para mim ainda não consigo aceitar que alguém fique bêbado perto de mim. Não expresso isso de qualquer maneira para as pessoas ao meu redor mas me mata por dentro ver alguém assim. Conto nos dedos as vezes que já fiquei bêbada e queridos amigos, sempre foi a pior sensação de falha que eu já senti na vida, de saber que mesmo por uma noite eu me tornei alguém que tanto quis mudar, alguém que me machuca diariamente.
Fugi e continuo fugindo de quem eu sou na tentativa ridícula de não ser filha de quem sou ou quem sabe de mudar por ele. Tantas noite em claro onde chorei para dormir pedindo a Deus que nada mais eu precisava nessa vida mas que ele parasse com esse vicio, tantas outras nas quais eu chorei peguntando onde estava Deus e por que eu tinha que passar por tudo isso. Ainda não sei o por que eu tenho q passar por essa situação com meu pai e por que lido dessa maneira com esse assunto, me afasta de pessoas pelo fato de que eu tenho problemas nesse setor do alcoolismo mas eu sei que eu tenho uma lição a ser aprendida com isso.
Posso dizer que com certeza que devido as atuais circunstâncias, meus sentimento quanto a ele mudaram. Hoje não tenho mais esperança que mudará e ele sempre sera esse "doente" mas por toda a culpa que carrego quanto a ter impulsionado minha mãe a ficar nessa situação, mais do que ela gostaria e precisava, hoje, eu quero que ela fique bem e feliz. Não quero mais saber o que acontecerá e qual o destino final dele vai ser, não posso mudá-lo e ele vai sempre ser assim então não posso continuar nessa luta.
"Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura"
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Cuidando de quem sempre correu do meu lado…
-Andrea.
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